Espaço!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hoje é o último dia do mês de outubro. E outubro foi o meu agosto. Mas eu não tô aqui pra falar a respeito porque pra mim, acho melhor nem falar. Deixa estar. Vai passar. Só que hoje é o último dia que eu me permito chorar, e sofrer a dor do meu outubro com cara de agosto. Hoje eu vou sair do trabalho, me lamentar o quanto puder, ter a pior noite de sono que me for possível, ficar com as bruxas do meu escuro interior e pôr um ponto final. Acabar pra mim também. Relembrar a agonia que foi os meus dias mais felizes da vida. Amanhã é um novo mês, um novo dia. O meu ano vai começar amanhã. E amanhã eu vou falar menos e ouvir mais. Vou sorrir mais e pensar menos. Vou me amar mais. Vou me querer mais. Vou me ter mais. Vou ser a dona do meu coração, do meu nariz e de todo o resto que eu sempre acho que devo doar a outro alguém. A lição foi aprendida até que eu esqueça do outubro que foi agosto e entregue novamente os meus dias, meses e anos a um próximo que vier.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008



Regras:

- Colocar uma foto individual sua;

- Escolher uma banda/artista;

- Responder SOMENTE com TÍTULOS de suas canções (da banda escolhida anteriormente);

- Escolher 4 pessoas para que façam o teste, sem esquecer de avisá-los;




Artista escolhido(a) = Engenheiros do Hawaii!


1. Você é homem ou mulher?

PERFEITA SIMETRIA

2. Descreva-se:

A FÁBULA

3. O que as pessoas acham de você?

NUNCA SE SABE


4. Como descreveria seu último relacionamento amoroso?

DEPOIS DE NÓS

5. Descreva sua atual relação com seu namorado ou pretendente:

A CONQUISTA DO ESPELHO

6. Onde queria estar agora?

VIDA REAL


7. O que pensa a respeito do amor?

EU QUE NÃO AMO VOCÊ


8. Como é sua vida?

CRUZADA


9. O que pediria se pudesse ter apenas um desejo?

A PROMESSA

10. Escreva uma frase sábia:

SOMOS QUEM PODEMOS SER


E a Ruthinha me passou, a Biani já fez e o próximo que eu indicaria seria o Thyago :)

Prefiro números ímpares. ;)

aham, Deni. diz:
É, se até o amor passa, a dor também deve passar.


Michelle diz:
correção:

Michelle diz:
se a dor passa...

Michelle diz:
o amor tb vai passar...


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Fala por mim, Chico:

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia

♫ Apesar de Você - Chico Buarque

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Eu quis sentir o poder de abalar com a vida dele. Depois quis que ele voltasse direitinho pra casa e esquecesse que existe a fraqueza. Eu o quis por uma aventura, uma risada, uma distração. Depois quis o colo dele para sempre, mas fiquei comigo mesma. Como eu acho que preciso ser amada meu Deus, pra parar de dar de bandeja o meu sorriso por aí. Eu tenho meu pouco criança estampado em cada linha que escrevo e em cada bobeira que falo na espera de atenção. Maluca? Nas raras vezes que sou séria, me sinto tão maluca, que devo ser sempre maluca. De pouco em pouco encho o papo de ansiedade. Quando o muito virá? Eu nunca poderia ser feliz sem meu pouco dramática. Eu nunca posso estar satisfeita sem meu pouco idealista e eu nunca poderei ser mulher porque ainda falta pouco, muito pouco, mas eu sei que sempre faltará. Me completo de poucos, mas sigo esperando demais de tudo. Comida para cada um desses poucos que são buracos na minha alma. Meu pouco safada não tem um pingo de compostura. Meu pouco criança sofre e se diverte com o meu pouco louca. Meu pouco adulta perdoa tudo porque tem total consciência do meu pouco criança. Mas cada pouco espera o grande momento. A grande virada. O longo suspiro de paz. Cada pouco espera o colo, a excelente transa, o beijo silenciador de neuroses, o abraço aquecedor de angústias. Cada pouca criatividade espera o salário digno, o carro novo, o cheiro de cada coisa minha conquistada, o sono de quem não deve um centavo a ninguém. Meu pouco pessimista sabe que nada disso pode acontecer. Mas sigo com meu pouco otimista, aprendendo que ele a cada dia aumenta um pouco. Quem em cada pouco põe tudo que é merece ser feliz. E muito.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Joking on my alibis

A frase acima, que vem a ser título dessa postagem, é um dos versos de "Mr. Brightside" uma música de uma bandinha bobinha o The Killers, mas que por acaso eu venho a gostar (claro que eu ando longe de me orgulhar de tudo que gosto).Enfim, a música toda fala sobre sentir posse de alguma coisa que não se tem. O que, é claro, não faz sentido nenhum, causa conflitos irracionais e todas essas questões emocionais que não existiriam se nós, seres humanos, usássemos a razão nas nossas relações.Ok. Agora explicando a dos álibis. É o seguinte quando você sente, gosta, faz coisas que você não se orgulha você procura desculpas para esconder aquele sentimento totalmente irracional que te leva a fazer coisas totalmente idiotas. Sabe quando você vasculha na sua mente uma razão nobre para justificar um ato extremamente egoísta?Mas álibis para serem convincentes necessitam de boa interpretação, porque quanto mais distante da realidade ele for, mais ele vai exigir da tua interpretação. E, palavras de uma atriz de primeira, interpretar é uma arte, que exige mais do que lágrimas teatrais pode significar lágrimas de verdade.E no fim são nossos álibis que brincam com a gente, pelo menos comigo.Eu fiz algum sentido? Senão, juro que eu tentei.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

na independência dos meus 20 anos, aspirados durante tanto tempo, estão a necessidade de você que eu esqueço sempre de reconhecer. não me deixa agora, eu preciso tanto ver teus olhos lindos mais uma vez, e mais outra vez e pra sempre. é, eu sei que nada é pra sempre, principalmente nós, seres humanos tão fragéis. mas, não me deixa agora.
eu não sei como viver sem você mandando eu ir direto pra sua casa assim que sair da clínica ao meio dia de todos os sábados. eu não sei como viver sem você dizendo que é meu amigo, meu melhor amigo. eu não sei como viver sem você me chamando de princesinha e me trazendo comida direto no computador porque o cálculo do imposto não tá batendo faz 2 horas e eu esqueci de almoçar. eu não sei como viver sem você mandando eu dormir, comer, sorrir, sair, voltar cedo pra casa. eu não sei como viver sem os teus dramas e o teu medo que eu bata o carro sempre que a tua preguiça é maior que o medo. eu não sei como viver sem o teu sorriso, sem o teu ciúme, sem as músicas que me fazem lembrar você. eu não sei como viver sem os teus milhares de defeitos, que só eu sei perdoar. eu não sei como viver sem a idéia de que um dia eu quis ser como você, sem lembrar do teu orgulho em me ter como filha, sem lembrar do teu olhar no dia que meu nome estava lá entre os aprovados do curso que ensina a tua profissão, sem lembrar do meu primeiro dia de aula na faculdade. não me deixa agora, pai, eu preciso de você. eu preciso de você na primeira fila da minha platéia. preciso de você me orientando. preciso de você chorando na minha formatura, no meu casamento, no batizado do meu filho, porque eu sei que essa veia chorona eu herdei de você, assim como tantas outras coisas.

não me deixa agora, pai, meu coração não sabe como viver sem você.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

tudo bem que eu nunca tive muita paciência, aliás, a única paciência que eu tenho é não ficar apertando F5 como se não houvesse amanhã. não, a vida me ensinou a deixar o msn em 'offline' para que o mesmo me diga quando chegar um e-mail. de vez em quando eu aperto um F5 básico mas é só pra não perder o costume mesmo.
então, na clínica onde eu trabalho eu tenho que ser muito paciente para lidar com os pacientes. besho, me meta uma faca no peito, mas não fique pensando cinco minutos quando eu lhe dou as opções de horário da consulta com o Dr. Todo-Gostoso na quinta. ou você escolhe 8hs da manhã ou 11hs. se eu não lhe dei a opção de 9hs ou das 10hs da manhã é porque não estão disponíveis. difícil entender?
e eu morro quando o telefone toca e o cara do outro lado vem com um papo mané de "oi, é aqui é o zé mané da silva e eu, é, queria saber, porque tem consulta no dia que eu não sei e eu quero, é, saber que dia é..."
meu Deus, custa ligar pra cá, encurtar a reza e ir direto ao ponto? "Bom dia! Aqui é Zé Mané, me esqueci qual seria o dia da minha consulta, por gentileza olhe no sistema."
não sendo suficiente os zé's e maria's que me tiram do sério na recepção e no telefone, me vem uma tiazinha avó atender um celular no viva-voz logo bem aqui na primeira cadeira da sala de espera em alto e bom som.
pelo que eu ouvia, a netinha querida dela com uma voz antipática de menina chata estava dizendo que ela não tinha aula quarta. mas para a criatura dizer isso ela romantizou tudo com os 'é'... - 'não, é...' - 'é que...' que o-de-i-o! e pra completar, a velha ainda puxava assunto e eu perdendo ainda mais o pouco de paciência que o meu salário faz ter.
nada contra, mas pra quê dar celular pra velho, senhor?!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

se eu pudesse uma única vez, durante algum tempo, controlar tudo que se passa dentro de mim com certeza eu seria alguém bem mais feliz. se eu conseguisse dominar meus impulsos, minhas inseguranças, minhas dores e receios. se eu reprimisse certas coisas que não são nem de longe coisas ruins, mas me tornam um alguém fraco, então, quem sabe, as pessoas me achem forte e orgulhosa, no entanto eu só me acharia patética. é, o piso do meu banheiro já sentiu o salgado gosto das minhas lágrimas, e olhe que eu já sentei muito ali pra chorar lágrimas por pessoas que nunca entenderiam a minha reação. e quando chegasse alguém que realmente valesse a pena raspar meu bumbum no chão eu poderia sentir em mim uma pontinha de força e me equilabraria no restinho de orgulho e maturidade que sobrou dos anos errados, mas estou cansada demais de ver meus sentimentos, e principalmente, o meu amor serem minimizados. tudo bem, ouço 'No Promises' e escrevo 'fim' até que eu me convença que aquilo tudo nem aconteceu, pois chega a ser impossível aquele 'cara' ser este de hoje. crio coragem e abro os olhos. não acabou hoje, nem há um mês atrás. nunca começou. tudo bem, o coração é só um membro que bombeia sangue pra todas as partes do corpo, essa agonia boba é só ilusão que meu cerebro me proporciona, vai passar.
eu me despeço de você, não olho pra trás. te deixo ali, onde eu não alcance mais, junto com toda lembrança daquela história que não deu certo e que eu tanto queria viver.


fim.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Meu Pequeno Príncipe.

No começo, eu achei que o problema era minha falta de maturidade, que eu não era capaz de entender toda aquela filosofia. Depois eu achei que eu tinha era pouca sensibilidade, em não enxergar aquela beleza.Eu, hoje, me dou ao direito de simplesmente discordar dele e daquela rosa chatinha que ele deixou naquele mundinho cheio de nada.Porque não, eu não sou eternamente responsável pelo que cativar. Eu não seria capaz de retribuir o amor de nada estúpido o suficiente para achar que o amor não é algo consentido. Eu nunca me deixei apaixonar á revelia, eu escolhi as pessoas para quem me entreguei e jamais poria em alguém que eu amo a responsabilidade de me amar para sempre.Porque se meu príncipe saísse por vários planetas, eu não o deixaria ligado a mim pela infelicidade que é minha prisão. É triste que eu não consiga seguir em frente e mais triste ainda não deixar quem eu amo seguir. Por que se ele conhecer e amar novas rosas, que ele certamente vai achar em suas andanças, eu não quero que ele guarde a tristeza de saber que eu estou sofrendo.E um dia eu vou saber que assumir minhas escolhas, libertar quem eu amo me tornou mais sensível e madura sem ter de ouvir esse príncipe chato e sua rosa ainda mais chata.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Oi, eu me chamo Maria!

e não dá mais, não. fala sério! aliás, fala serissímo!
eu já devia ter me acostumado, mas eu simplesmente não consigo.
ao longo dos meus 20 anos, já fui chamada de tudo quanto foi jeito, o menos comum é o meu próprio nome.
exemplos: Gardênia (esse é compreensível), Jardênia (não suporto, de onde esse povo tira esse Ja?!!), Jordânia (ridículo!!!), Guerdênia (horrível, mas um pouco compreensível), Gerdânia (dânia??!!), Jardânia (por quê?), e por aí vai. e esses foram exemplos de como o povo fala. agora vamos ver como o povo escreve meu nome, são formas variadas, escolha a sua: Gedênia, Jerdênia (chegou pertíssimo), Gerdênha (o mais comum) e o pior de todos e o responsável por esse post Jardênia: (eu posso com isso?)
mas deixa eu contar a histórinha da Jardênia. estava eu aqui na clínica quando chega um funcionário do ministério do trabalho. ele fez uma entrevista extraoficial com todos os funcionários pra pôr do livro de registro de funcionários. chegou a minha vez, eu soletrei meu nome (G-E-R-D-E-N-I-A) e fiquei despreocupada, né?! então eu recebo a minha carteira profissional da empresa e quando eu olho: JARDÊNIA!!!
eu mereço, eu juro que eu mereço mesmo. porque apesar de todo mundo me chamar de Deni, meu nome é Gerdênia. Deni é apelido de infância devido eu não ter um nome descente.


mas definitivamente, meu nome é Maria.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

como boa contadora que sou, eu deveria saber que o passivo tem de ser igual ao ativo, que todo débito, merece um crédito. é uma conta simples. método das partilhas dobradas. enfim.
aquela gota que precisou para transbordar o balde caiu, e por fim eu percebi que mais do que qualquer pessoa, eu morro de saudade da deni que eu era.



mudanças. muitas delas. de muitos tamanhos, formas e cores.
mudanças boas que vão fazer bem pra mim.

muito bem, mãos a obra.